Efeito do consumo de matéria seca e da produçäo de leite sobre a ingestäo voluntária de água em bovinos leiteiros / Effect of dry matter intake and milk production on voluntary water intake of Brazilian crossbred cows

A pesquisa dividida em dois experimentos, foi realizada na Fazenda Experimental do Glória, da Universidade Federal de Uberlândia - MG, com o objetivo de avaliar os efeitos do consumo de matéria seca (CMS) por vacas secas e em lactaçäo e da produçäo de leite (PL) sobre a ingestäo voluntária de água (IVA). O experimento envolveu vacas mestiças 1/2 e 3/4 de sangue Europeu x Zebu, alocadas em baias individuais equipadas com hidrômetros e alimentadas com dieta de volumosos e concentrado. No primeiro experimento relacionou-se o CMS com a IVA, em 12 vacas secas. As médias diárias correspondentes foram, respectivamente, 8,51 ñ 1,23 kg e 13,14 ñ 0,45 l. A equaçäo de regressäo abtida para explicar o efeito do CMS sobre a foi: IVA = 8,2483 + 2,5100 CMS, R* = 0,219. O segundo experimento mostrou os efeitos do CMS e da PL sobre a IVA, em 12 vacas em lactaçäo, alimentadas "ad libitum". Os valores médios diários de IVA, CMS e PL foram 29,45 ñ 0,49 l, 14,03 ñ 0,16 kg e 16,24 ñ 0,26 kg, respectivamente. A equaçäo múltipla selecionada foi IVA = 35,7562 + 10,3069 CMS - 0,3349 CMS* = 2,6226 PL + 0,1111 Pl*, R* = 0,38. Todos os efeitos foram importantes e estatisticamente significativos

Efeito da movimentaçäo de vacas mestiças leiteiras sobre a ingestäo voluntária de água / Walking trials with dairy cows: effect on voluntary water intake

Avaliou-se o efeito das distâncias percorridas (DP) sobre a ingestäo voluntária de água (IVA), sobre o consumo de matéria seca (CMS), sobre a produçäo de leite (PL) e sobre temperatura retal (TR). Utilizaram-se 12 vacas 1/2 a 3/4 Holandês-Zebu, entre o segundo e quarto parto, acima de 30 dias de lactaçäo, pesando, em média 506 kg, distribuídas em três tratamentos (T) de quatro vacas e repetidos em três períodos de oito dias: To - vacas confinadas todo o tempo; T1 - vacas caminhando dois km por dia e T2 - vacas caminhando quatro km por dia. As caminhadas eram feitas uma vez por dia, entre 10 e 11 horas. No restante do dia permaneciam em baias com cochos de volumosos e de áagua, providos de hidrômetros. Ofereceu-se raçäo completa de acordo com requisitos de mantença e produçäo de leite e água à vontade. Jouve um período de adaptaçäo de 15 dias no início e de três dias entre um período e outro. O controle leiteiro e as tomadas de temperaturas retal foram feitas três vezes por período. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, sendo bloco representado por período, totalizando 36 repetiçöes. Os correspondentes valores médios diários de IVA, CMS e PL foram: 29,0 ñ 3,4, 34,6 ñ 1,8, 36,7 ñ 2,3 l; 22,0 ñ 0,9, 22,7 ñ 1,1 e 22,0 ñ 0,9 kg; 13,1 ñ 0,8, 13,8 ñ 0,5 e 13,9 ñ 0,8 kg, respectivamente, para To, T1 e T2. As TR's médias antes e depois das caminhadas, para os três tratamentos, foram: 38,60 ñ 0,09 e 38,81 ñ 0,05; 38,59 ñ 0,1 e 39,22 ñ 0,08; 38,61 ñ 0,06 e 39,81 ñ 0,24§ C, respectivamente. O efeito da DP sobre IVA é dada pela equaçäo IVA = 29,54 ñ 1,9 DP. Os tratamentos näo afetaram o CMS e a PL, mas os TR's foram estatisticamente diferentes (P < o/0,01)

Aspectos fenotípicos da produçäo de leite e do período de lactaçäo em vacas leiteiras com diferentes fraçöes de sangue holandês / Phenotypic aspects of milk yield and lactation length of crossbred and graded holsteins cows

Utilizaram-se 393 dados de vacas leiteiras, com fraçäo de sangue da raça Holandesa variando de 1/2 a 31/32, obtidos de 1977 a 1981, com o objetivo de se avaliar os efeitos de ano e mês de pariçäo, ordem de lactaçäo, grau de sangue, ocorrências ao parto, infecçöes pós-parto e período de serviço sobre a produçäo de leite e sobre o período de lactaçäo. As médias observadas e respectivos desvios padröes e coeficientes de variaçäo foram: da produçäo de leite, 3128 ñ 924 kg e 29,6% do período de lactaçäo, 288 ñ 49 dias e 17,8%. Todas as fontes de variaçäo estudadas influenciaram significativamente as duas características com exceçäo do efeito de ano de pariçäo de lactaçäo, das ocorrências ao parto e período de serviço sobre a produçäo de leite e o período de lactaçäo. As mais altas produçöes de leite e os mais longos períodos de lactaçäo ocorreram com as vacas paridas na estaçäo seca, abril a agosto, e nas primeira e segunda ordens de pariçäo. Este último resultado pode ser explicado pelo uso mais intensivo da inseminaçäo artificial associado ao emprego de touros superiores geneticamente, pais dos animais mais novos. Os animais com 50 e 75% de sangue europeu apresentaram resultados superiores para ambas as características, sugerindo que as condiçöes de meio observadas na fazenda permitiram que eles expressassem melhor o seu potencial de produçäo. Vacas com infecçöes pós-parto apresentaram maior produçäo de leite e maior período de lactaçäo em 581 kg e em 28 dias, respectivamente

Aspectos fenotípicos do período de serviço em vacas leiteiras com diferentes fraçöes de sangue holandês / Phenotypic aspects of days open of crossbred and graded holstein cows

Utilizaram-se 393 dados de vacas leiteiras com fraçäo de sangue da raça Holandesa de 1/2 e 31/32, obtidos de 1977 até 1981, com o objetivo de se avaliar os efeitos de ano e mês de pariçäo, ordem de lactaçäo, grau de sangue, ocorrência ao parto, infecçöes ao parto, infecçöes pós-parto e produçöes parciais de leite aos 30, 60, 90 e 120 dias de lactaçäo sobre o período de serviço. A média observada, o respectivo desvio padräo e o coeficiente de variaçäo foram 122 ñ 45 dias e 37%. Ano de pariçäo constituiu-se em importante fonte de variaçäo da característica (P < 0,01. O efeito aignificativo (P < 0,05) de infecçöes pós-parto mostrou que houve aumento de 34 dias no período de serviço de vacas com infecçöes. As equaçöes de regressäo linear da produçäo parcial de leite aos 90 e 120 dias foram, respectivamente: PS = 129,15 - 0,4182 (X - 1159,22) e PS = 129,04 - 0,3406 (X - 1507,87). A correta atençäo pós-parto dada às vacas melhores produtoras talvez seja a justificativa para a correlaçäo fenotípica negativa (-0,18) entre o período de serviço e produçäo parcial de leite aos 90 e 120 dias de lactaçäo